Craques... os adeptos anseiam por craques. No defeso, os adeptos ávidos de vitórias, quase que exigem à administração do seu clube a contratação de craques, como que esse pressuposto permita de ganhar campeonatos.
Mas afinal o que é um craque?
Um craque é um jogador que é dotado de grandes qualidades e atributos futebolísticos. Devido às suas qualidades, é um jogador que consegue impulsionar com o perfume do seu futebol; com a eficácia; com a arte; os adeptos. Geralmente os adeptos vibram com os lances protagonizados por jogadores muito dotados tecnicamente, mas o mesmo acontece com a eficácia e sobriedade doutros. Quando os craques abrem o livro, e conseguem libertar a inspiração própria dos mesmos, um jogo de futebol é indiscritível. Não há espectáculo semelhante.
Tudo isto para dizer que para muitos, um craque é muito mais que isso. É algo mágico. Para muitos, o craque, mais que um jogador de futebol é um ídolo, um exemplo a seguir. Contribuem e muito para aumentar os índices de orgulho em relação ao clube preferido.
Gostaria de abordar uma outra perspectiva em relação aos craques. Infelizmente, o craque não é reconhecido pelo seu verdadeiro valor, mas sim, pela projecção dada pela Comunicação Social. Com maior ou menor valor, a verdade é que os craques – os tais jogadores dotados de qualidades futebolísticas- conseguem o reconhecimento, não pelo seu verdadeiro valor, mas pela projecção que a Comunicação Social lhes dedica.
É caso para dizer que a Comunicação Social também tem o poder de “fabricar”, “lançar” e no fundo, saciar os adeptos ávidos de informações sobre os seus “meninos”. É quase uma simbiose.
Exemplos não faltam. Tiago quando ao serviço do SCB era um jogador a ter em conta, mas passou sempre despercebido. Quando foi contratado pelo SLB, alcançou o estrelato.
Armando, lateral direito do SCB na época 2001/2002, passou despercebido. Quando se transferiu para o SLB, os media descobriram que o dito jogador, afinal era o rei das assistências, ultrapassando mesmo a “vedeta” Simão Sabrosa.
Na presente temporada, aconteceu exactamente o mesmo. Wender e João Alves transferiram-se para o SCP. No curto espaço de 8 dias, projectou-se, enalteceu-se, mais as qualidades dos dois jogadores, que durante as respectivas carreiras futebolísticas, que diga-se, foi notável.
É caso para dizer que num ápice, num segundo, num minuto, surgiram dois craques como que surgidos do nada.
É caso para dizer que os craques só existem quando a Comunicação Social decidir.
É caso para dizer que os craques só existem em clubes que tenham muitos adeptos.É caso para dizer que caso não se jogue nos “grandes” não se pode ser craque.
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